VACINAS: história, tecnologia e desafios para terapia contra o SARS-CoV-2
Resumo
Os coronavírus (CoVs) são um grupo de vírus envelopados caracterizados pela presença de projeções na forma de espículas (“spikes”) que conferem uma aparência de coroa à superfície viral, da qual advém sua denominação. Um novo coronavirus, o SARS-CoV-2, foi identificado em dezembro de 2019 e rapidamente se espalhou pelo mundo promovendo a mais grave pandemia de nossa história recente. O alto poder de transmissão e a elevada letalidade tornam a infecção causada por este agente, a COVID-19, um problema de saúde pública gravíssimo, sendo urgente a geração de conhecimento que permita a produção de terapias específicas ou desenvolvimento de vacinas. A entrada dos coronavírus nas células hospedeiras é mediada por uma glicoproteína transmembrana, a spike (S), que usam os receptores da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA 2) como receptor primário e infectam primariamente células epiteliais brônquicas. Até o momento existem vários estudos procurando terapia para o SARS-CoV-2, o vírus causador da maior e mais letal pandemia vista no mundo nesse século. Dentre as buscas por novos fármacos ou o reposicionamento de fármacos, têm-se procurado uma vacina capaz de promoverimunidade com eficácia e segurança. Dentre as centenas de estudos estão sendo desenvolvidos para o desenvolvimento de uma vacina para SARS-CoV-2, 21 são vacinas candidatas para estudo em diferentes fases clínicas e 139 candidatos em avaliação pré-clínica. A promessa é uma ou várias vacinas que deverão ser testadas no Brasil entre 2020 e 2021. Vários candidatos à vacina podem ser relevantes, considerando que pouco se sabe da imunidade que essas vacinas poderão suscitar entre os indivíduos e se essa imunidade será duradoura ou haverá necessidade de doses de reforço ou combinação de diferentes tipos de vacina. Para o mundo, descortina-se a esperança na luta contra esse vírus de grande transmissibilidade e letalidade.Downloads
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