ATENDIMENTO INICIAL DA PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E CUIDADOS PÓS-PARADA

Resumo

A parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação súbita do débito cardíaco e da ventilação espontânea efetiva, e constitui um problema de saúde pública com altas taxas de mortalidade e letalidade. De acordo com os registros da América do Norte, cerca de 450.000 pessoas têm um CRP anualmente. As PCRs hospitalares representam um grande problema, uma vez que entre 0,4 e 2,0% dos pacientes internados requerem reanimação cardiopulmonar. Os diferentes serviços que um hospital dispõe, as várias situações clínicas dos doentes, bem como a sua morbilidade e os tratamentos necessários, tornam esta situação um desafio para a equipa de profissionais que a enfrente. Assim sendo, o presente artigo tem como objetivo tratar a respeito do atendimento inicial da parada cardiorrespiratória, bem como os devidos cuidados após este evento, para tal, foi efetivada uma revisão bibliográfica sobre o tema, selecionando-se artigos dos últimos anos que tratam sobre a temática. Após a parada deve-se principalmente buscar melhorar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais; buscar transporte (se necessário conforme o caso clínico) para um hospital apropriado ou UTI com sistema de tratamento pós-PCR completo; observar e tratar SCAs e outras causas que sejam reversíveis, analisar, tratar e precaver o disfuncionamento múltiplo dos órgãos; além de ter o controle constante da temperatura para melhorar a recuperação neurológica do paciente e sempre efetivar monitorização hemodinâmica e neurológica, conforme indicação  Conclui-se que o atendimento da parada cardiorrespiratória deve possuir preferência em toda esfera do hospital, considerando que doenças cardiovasculares têm consideráveis índices de mortalidade, todavia, a celeridade e eficiência das intervenções acolhidas são de suma relevância para a reversão da PCR. Deste modo, os mecanismos de cuidados pós-parada são de suma necessidade para aprimorar a funcionalidade cardíaca, respiratória e regularizar a perfusão de órgãos vitais e destarte conseguir um prognóstico neurológico mais aprimorado e reduzir a mortalidade entre os pacientes que experenciaram uma PCR.