EFEITO DA MICROBIOTA INTESTINAL NO DESENVOLVIMENTO DA OBESIDADE
Resumo
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a vários distúrbios, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemias, doenças cardiovasculares e câncer. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), há 2,3 milhões de obesos no mundo. Estudos recentes têm mostrado que a microbiota intestinal pode influenciar na homeostase energética do hospedeiro por vários mecanismos. Diante disso, questiona-se se a composição da microbiota intestinal seria causa ou consequência da obesidade. Objetiva-se, com este estudo, revisar a relação do desequilíbrio da microbiota intestinal na gênese da obesidade e dos disturbios nutricionais. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, na qual foi realizada uma busca de artigos publicados no MEDLINE, PubMed, Scielo e EMBASE nos últimos 5 anos utilizando os seguintes descritores: “obesity AND (“gut microbiota” OR “intestinal flora”). A interação entre genética, fatores ambientais, dieta e o nível de atividade física são os principais contribuintes para o desenvolvimento de obesidade. No entanto, a microbiota intestinal é um fator endógeno que influencia na fisiopatologia da obesidade. As vias que a microbiota intestinal contribui para a obesidade são a oferta de calorias, aumento da atividade da lipoproteína lipase (LPL), lipogênese, aumento da permeabilidade intestinal, endotoxemia e sistema endocanabinóide. Desequilíbrios na microbiota intestinal produz efeitos prejudiciais à saúde do hospedeiro, interferindo na integridade desse órgão.Conclui-se que a relação entre microbiota intestinal e obesidade é clara, no entanto, estudos adicionais são necessários para esclarecer a influência da microbiota como causa ou consequência da obesidade.Publicado
2024-08-02
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Artigos