INSEGURANÇA ALIMENTAR E TRANSTORNOS ALIMENTARES EM JOVENS UNIVERSITÁRIOS: UMA SONDAGEM DURANTE A PANDEMIA

Autores

  • Mariana Ueharo PEREIRA
  • Roberta C. Caires ALVES

Resumo

Este trabalho avalia a Insegurança Alimentar e Transtornos Alimentares em jovens estudantes de 18 a 29 anos, de uma universidade pública, considerando-se seu gênero e a origem étnica. Com o objetivo de estudar a ocorrência de Transtornos Alimentares entre este grupo durante a pandemia por Covid-19, foram pesquisados fatores de Insegurança Alimentar. A estratégia metodológica incluiu a aplicação de formulário  por internet, avaliação quantitativa e qualitativa dos dados, sistematização e análise dos resultados. A discussão dos resultados ancorou-se em análises por  meio da plataforma Google Forms e seus recursos. A pesquisa identifica impacto negativo na vida dos discentes causados pela ausência de suporte e de políticas públicas alimentares durante a pandemia. Revela sofrimento entre os entrevistados devido ao  aumento da Insegurança Alimentar e de Transtornos Alimentares entre jovens acadêmicos e a necessidade de mais estudos sobre o tema. Dentre os pesquisados, 57,1 % não tiveram  qualquer tipo de Trantorno  Alimentar  antes da pandemia. Durante crise sanitária  houve inversão das proporções e 64,3% dos entrevistados tiveram  algum tipo de transtorno, sendo que a maioria informa ter enfrentado ou estar vivenciando Transtorno de Compulsão Alimentar Periódico. Onde 100% dos estudantes que responderam o questionário tiveram redução no consumo de alimentos relevantes para a saúde, sendo 50% por problemas finaceiros. Dentre eles, segundo auto declaração, 65% são mulheres e 83% negros. A maioria, 57,1% foi apoiada pela família e nenhum deles contou com apoio de profissionais. Dentre todos, 90% dos estudantes, responderam que o suporte de nutricionistas seria relevante no período de elevado estresse social.  

Publicado

2022-12-12